A conjoint analysis ou análise conjunta é usada nas pesquisas de mercado quantitativas como técnica estatística para determinar a maneira como as pessoas atribuem valor a diferentes elementos que constituem o produto ou serviço de uma empresa. A partir desse estudo, é possível chegar a um consenso de qual atributo é mais influente na hora em que o consumidor toma sua decisão, por exemplo. 

Uma das grandes vantagens desse tipo de análise é que ela deixa o entrevistado o mais próximo possível da situação real de venda, o que traz resultados efetivos explicando o comportamento dele, além de dados cruciais para perceber o que está funcionando ou não na hora de oferecer o produto ou serviço. Em resumo, ajuda a entender o raciocínio das escolhas durante a compra. 

De onde veio a análise conjoint?

Esse tipo de pesquisa nasceu da psicologia matemática e foi desenvolvida pelo professor Paul E. Green, da Wharton School (Universidade da Pensilvânia). A partir daí, vieram atualizações como a programação linear (LINMAP), que ordena dados por classificação com uma abordagem auto explicada, e melhor-pior escala, uma técnica relacionada à análise conjunta que pede ao entrevistado selecionar o que é mais e menos importante na lista de características, evitando empate entre elas.

De qualquer maneira, a linha de estudos está inclusa em um conjunto de ferramentas que têm como objetivo a análise sistemática de tomada de decisão, como marca-preço, simalto (Simultaneous Multi-Attribute Level Trade-Off) e outras. 

Na prática, como funciona?

 

Clique na imagem para uma melhor visualização das tabelas.

A análise conjunta serve para entender pontos relevantes da compra, com um estudo matemático e assertivo. Nessa pesquisa, pode-se avaliar comportamento do consumidor relacionado ao que realmente importa no momento das escolhas, os preços que as pessoas estão dispostas a pagar pelo produto ou serviço em questão, recursos e atributos favoritos dos clientes, definição de público-alvo de acordo com a segmentação de mercado. 

Vale ressaltar que é preciso entender com que tipo de público sua marca quer conversar, já que elementos importantes impactam na maneira como uma pessoa faz suas escolhas – fatores sociais, demográficos e econômicos podem levar grupos de usuários por caminhos bastante diferentes. Uma vez que a pesquisa faça essa detecção, pode-se dar continuidade, por exemplo, a uma avaliação interna de qual ou quais público(s) será(ão) trabalhado(s) e de que maneira.  

Essa avaliação de atributos traz à tona um estudo do custo-benefício da sua empresa, além de gerar combinações de recursos mais eficientes para seu público. Essas informações auxiliam ainda a melhorar os pontos falhos ou fidelizar o consumidor a partir do reforço de aspectos positivos.

No fim das contas, a análise conjunta pode ajudar no crescimento do índice de conversão, por meio do fornecimento de estatísticas que servirão de base para um novo planejamento ou para alterações nos processos já existentes. Além desse contexto mais geral, essa ferramenta é uma boa escolha para momentos de lançar algo novo no mercado, alterar o design daquele produto que você já oferece, conhecer melhor o que seus clientes esperam de você, determinar preços ou até renovar valores do seu serviço.