Todo empreendimento precisa estar atualizado sobre o mercado. Mesmo assim, por serem as startups projetos iniciantes e ainda não tão estáveis quanto um antigo negócio, ficar de olho no que acontece em volta e nas tendências de mercado é mais que necessário: é crucial para sobreviver. Não poderia ser diferente na pandemia, quando os comportamentos mudam o tempo todo, o mercado está instável e a criatividade virou a grande chave para seguir firme e forte no enfrentamento desta crise. 

Alguns pontos já foram falados muitas vezes e é preciso estar bastante alinhado com eles: as possibilidades de trabalhar em esquema home-office; uma presença digital cada vez mais forte e planejada; um atendimento ao cliente que promova, além da resolução rápida dos seus problemas, alternativas de interação. O Atendimento 4.0 tem funcionado justamente por levar em consideração a voz do consumidor, trazendo as percepções do mesmo para melhor os serviços prestados.

Muitas startups já possuem essas características enraizadas desde antes da pandemia. Mas, cuidado! Os algoritmos e a maneira do público se comportar em relação a suas timelines têm mudado em uma velocidade gigante, principalmente no  que diz respeito à geração Z, que cresce seu raio de ação. 

Questões estruturais das startups

Um dos possíveis desafios é, por ser uma empresa recente, não ter ainda uma reserva financeira para enfrentar momentos de crise. Por isso, se você está começando seu negócio, tenha em mente que arriscar neste momento demanda se proteger com algum dinheiro em caixa. Outro ponto é entrar para o mercado sustentado por uma boa pesquisa do setor e de como agir de maneira assertiva e otimizada para ganhar a confiança do consumidor e, claro, convertê-la em renda.

Uma máxima que funciona bem para quem quer empreender é “não colocar todos os ovos na mesma cesta”. Ou seja, não aposte tudo que tem em uma única frente ou produto. Distribua entre as muitas possibilidades que sua empresa pode oferecer e vá acompanhando com pesquisas e atenção ao feedback, para entender o que realmente dá certo ou não. O teste de MVP, ou Mínimo Produto Viável, é uma boa alternativa para ajudar a entender seu lugar no segmento antes de entrar de cabeça. 

A Associação Brasileira de Startups mostrou um estudo onde 53,2% dos entrevistados foram negativamente impactados pela pandemia, enquanto que 30,9% tiveram o caminho inverso, com impacto positivo.  De qualquer maneira, o ponto crucial está na agilidade, considerando que 60% dos respondentes já adotam outra postura, um pouco mais ativa, para reinventar seus negócios.