A cultura do cancelamento foi um dos assuntos bastante falados em 2020, após repercussão das atitudes tomadas pela artista Karol Conká dentro do Big Brother Brasil e a repercussão do tema. Mas, afinal, o que é isso? É basicamente uma crítica massiva à reputação da pessoa ou marca, com base em argumentação pautada por vídeo ou foto, por exemplo. É diferente da conhecida trollagem, por conter pilares mais sólidos de defesa. O contraponto é que pode prejudicar bastante a caminhada do “cancelado”, dificultando sua carreira e até levando a consequências sérias à vida pessoal.
Pensando no contexto empresarial, a Porter Novelli fez o estudo “Cultura do Cancelamento Corporativo”, que mostra que 69% dos entrevistados usam o conceito para chamar a atenção das marcas a respeito do que fizeram sobre determinado assunto. Além disso, 66% dizem que, mesmo sendo fãs do produto ou serviço da empresa, cancelariam o empreendimento se fizesse algo errado ou ofensivo.
A grife Osklen sofreu com o cancelamento no início da pandemia, ao vender duas máscaras de pano por R$ 147,00. Os consumidores sentiram que não fazia sentido esse valor de um item de segurança contra o vírus num momento onde o desemprego aumentou. Apesar de ter ficado ainda mais forte durante a quarentena, “cultura de cancelamento” foi eleito o termo do ano pelo Dicionário Macquarie, que seleciona palavras que moldaram o comportamento da população. No confinamento ficou tão forte, que começou-se a falar em cancelar o cancelamento.
Temas que motivam cancelamento corporativo:
70% – Justiça racial
68% – Quebra de protocolos da COVID-19
61% – Imigração
57% – Mudanças climáticas / meio ambiente
57% – LGBT+
57% – Religião
54% – Política
*Leia também nossa pesquisa sobre diversidade e inclusão e entenda o que o consumidor pensa a respeito do tema relacionado a empresas.
Respira! Antes da cultura do cancelamento estar tão em pauta, já existiam estratégias importantes de gerenciamento de crise para auxiliar o seu negócio. Ninguém quer ser cancelado, mas se houver um deslize e isso acontecer, o primeiro ponto é assumir o erro. Com a humanização de marcas e a empatia em primeiro lugar, dizer que errou publicamente é crucial. Mas não basta esclarecer a situação, é preciso fazer algo com ela. Se houve um episódio de racismo, por exemplo, por que não olhar para seu quadro de colaboradores e verificar se ele condiz com a inclusão e diversidade?
Para saber mais sobre posicionamento de marca e o que os clientes esperam de você durante uma crise, clique aqui. Acessando este link, você também entende melhor como reposicionar sua marca durante a pandemia sem perder os pilares que sustentam os valores de sua empresa.
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