O sniff test é um tipo de pesquisa da análise sensorial que ajuda a identificar, por exemplo, quais fragrâncias podem ser mais atrativas aos consumidores. É um estudo baseado no olfato que traz informações ricas sobre o comportamento do público relacionado a determinado produto por meio do cheiro.

Também chamado teste de olfato, ele pode avaliar a fragrância não apenas de perfumes, mas também produtos como limpeza, higiene, cosméticos, alimentos e outros. Traz ainda resultados sobre os aspectos positivos e negativos da fragrância e os impactos emocionais que ela pode evocar para o consumidor. Esse pilar pode ser bastante proveitoso, uma vez que o olfato está diretamente ligado ao sistema límbico, ou seja, aquele que produz as emoções. Por isso é tão comum que um cheiro traga memórias afetivas tão fortes, como se a pessoa estivesse revivendo o passado no momento em que sente o odor.

Além disso, o sniff test ajuda a traçar padrões e comportamentos relacionados ao odor testado: o que a fragrância traz à tona? Que comportamentos ou reações ela desencadeia? Que relações o público é capaz de fazer com ela? A que tipo de produto esse cheiro remete? Entre outras perguntas.

O procedimento faz parte do guarda-chuva de análise sensorial, que pode incluir os outros sentidos e trazer ricas informações para uma pesquisa de mercado. Neste artigo do Instituto QualiBest, você aprende mais sobre o estudo.

O que é análise sensorial

A análise sensorial ajuda a trazer respostas mais acertadas para as marcas, principalmente na fase de lançamento de produtos. Os sentidos não mentem e colher essas informações ajuda a suprir uma demanda de exigências do consumidor que, às vezes, não sabe traduzir em palavras o que busca em determinado produto ou serviço.

Esse tipo de estudo não se baseia unicamente em testar e oferecer uma nota. Isso quer dizer que a pesquisa de mercado para análise sensorial deve ter cuidado com todos os elementos envolvidos, desde o conhecimento profundo de seus aplicadores em relação ao método, até o ambiente selecionado para a análise, que pode influenciar nas sensações obtidas como resposta.

A pesquisa relacionada aos sentidos busca aprofundar os insights sobre o que pode atrair o consumidor, indo além da embalagem, informações, marca ou origem. Enquanto um design bonito pode levar a uma compra, as sensações que aquele produto oferece trazem aceitação e fidelização do público.

Nesse contexto, é uma pesquisa baseada na experiência do consumidor, diagnosticando e quantificando essas sensações. A análise sensorial pode trazer muitas possibilidades para a marca:

  • Análise de sensações por segmento;
  • Mapas de percepção do consumidor;
  • Ranking de preferências do consumidor.

Pensando nisso, existem ainda testes de aceitabilidade e testes de preferência, de acordo com a ISO 11136, sendo o primeiro para medir intensidade do prazer no momento de consumir ou o grau de agrado do produto; enquanto o segundo determina qual amostra a pessoa mais gostou, entre outras sequências para entender o que agradou mais e menos. Na hora de cruzar os dados, é importante levar em conta que a ordem de avaliação definida pelo teste de preferência não significa exatamente a definição do produto mais aceitável. Daí a importância em ter uma equipe que saiba interpretar essas informações corretamente.

Como funciona esse tipo de pesquina na prática

A análise sensorial na prática exige que sejam adotados alguns pilares cruciais para que a pesquisa dê certo:

  • Entenda a fundo a metodologia aplicada;
  • Selecione com cuidado o local onde será realizado o teste;
  • Tenha atenção à maneira como as amostras são preparadas e disponibilizadas durante um teste. Se é uma prova de sabor, por exemplo, qual a melhor sequência; para que um sabor não interfira nas propriedades do outro?
  • Esteja atento ao perfil dos convidados para que estejam alinhados com o objetivo.

É importante que sejam escolhas rigorosas dentro de um espaço adequado, sem barulho, sem odores, com iluminação apropriada, cabines individuais e amostras bem distribuídas, oferecendo um ambiente adequado para avaliações imparciais.

Além disso, as amostras não podem ser diferenciadas para o entrevistado, ou seja, devem estar preparadas de forma totalmente idêntica para que isso não influencie nas respostas, mesmo que de maneira sutil. Qualquer alteração, seja na cor, na apresentação ou na quantidade, pode impactar a percepção do avaliador.

Lembre-se ainda de que essas pessoas que vão opinar devem ser escolhidas de acordo com o objetivo da pesquisa: se sua marca precisa de respostas mais específicas, talvez precise de respondentes também com conhecimentos específicos. Os avaliadores podem ser:

  • Especialistas: que possuem experiência específica.
  • Consumidores comuns: o próprio público da marca ou em potencial.
  • Treinados: não são especialistas, mas possuem algum tipo de qualificação que permite notar diferenças mais técnicas entre as amostras.

Uma vez selecionadas as pessoas que vão responder sensorialmente ao seu produto, é preciso escolher o método (ou métodos) que melhor se encaixa ao seu objetivo. No afetivo, por exemplo, as respostas são mais pessoais e sensoriais; já no descritivo, os respondentes serão mais diretos sobre os elementos que compõem a amostra, do cheiro ao sabor; e nos discriminativos é possível identificar as diferenças entre amostras de forma clara e assertiva.

Em resumo, a análise sensorial auxilia uma empresa a chegar à meta mais importante da marca: conquista, conversão e fidelização de um consumidor. Quando seu negócio entende a relação emocional do público com o produto, fica mais fácil estar próximo dele para atender demandas e exigências, além de adaptar seu trabalho conforme as mudanças de desejo do cliente.

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