Uma pesquisa da Agência Virta em parceria com o Instituto QualiBest mostrou que 92% dos internautas têm contato com notícias ou informações na sua rotina e mais de 94% delas consideram importante, checar as notícias recebidas no dia a dia.

Questionados sobre o hábito de consumo de notícias, o levantamento mostrou que 52% das pessoas dizem se manter atualizadas o dia todo. A segunda resposta mais recorrente foi “acompanho as notícias nos momentos livres”, representando 40% e totalizando 92% dos respondentes terem algum contato com notícias em sua rotina diária.

Ao serem indagados sobre as mudanças nos hábitos de consumo de notícias em razão das fake news, 81% dos respondentes afirmaram terem feito alguma mudança, seja ela radical ou não. Em relação ao hábito de checagem de notícias, 96% das pessoas responderam averiguar a veracidade da informação. Destes, 55% dizem checar independentemente da fonte, enquanto 41% checam apenas quando desconfiam do tema.

Fontes utilizadas para informação

Sobre as principais fontes utilizadas para informação (questão com múltipla escolha), a pesquisa mostrou que o acesso digital foi destaque entre os participantes, sendo redes sociais (Twitter, Instagram, Facebook, LinkedIn e You Tube) a primeira opção para 75% das pessoas, seguida por portais de notícias (65%). A mídia impressa ficou com a menor porcentagem: 26%.

Levando em consideração a credibilidade e confiança do público, os portais de notícias se sobressaíram às redes sociais. Apesar de ser a segunda maior fonte de informação, os portais foram considerados as mais confiáveis para 44% dos participantes, seguido por Rádio/TV (27%) e redes sociais (13%). A mídia impressa foi lembrada como mais confiável por 9% dos respondentes, o que reflete a queda no hábito de consumo de notícias por este meio.Já os aplicativos de mensagens (Whatsapp/Telegram) são considerados a fonte menos confiável para 51% das pessoas.

Checar informações

Com a finalidade de conhecer os meios de checagem de notícias, a pesquisa também trouxe questionamentos a respeito, especialmente das agências especializadas nesse serviço. Quando indagados se sabiam onde checar, 91% dos respondentes disseram que sim e, entre os que sabem, 68% afirmaram utilizar os serviços de checagem de notícias, seguido pela mídia tradicional (53% – múltipla escolha). Porém, com perguntas mais direcionadas, 60% responderam que não conhecem nenhuma agência especializada em notícia. Para os que disseram conhecer, a Fato ou Fake foi a mais lembrada, com 72% de respostas, seguida por Lupa (38%), Aos Fatos (28%), Comprova (22%) e Factcheck.org (17%).

Sobre o estudo

O levantamento foi feito entre os dias 21 e 25 de julho e ouviu 884 pessoas, com objetivo de oferecer subsídios para entender o comportamento e a percepção dos internautas brasileiros em relação ao consumo de informações e à checagem de notícias, especialmente após a disseminação e exposição gerada pela divulgação de notícias falsas – as chamadas fake news. A amostra inclui dados coletados entre as faixas etárias de 18 a 65 anos de idade, em todas as regiões do país, gêneros e das classes A, B e C.

O estudo está disponível para download na íntegra no site da Agência Virta, acesse aqui.