Portanto, o sucesso de uma empresa depende de decisões baseadas em dados que vão além de números e estatísticas. A pesquisa qualitativa é um método de investigação que busca compreender características, comportamentos e percepções a partir de dados não numéricos.
Diferente da pesquisa quantitativa, que se baseia em números e estatísticas, uma abordagem qualitativa explora aspectos subjetivos, como emoções, motivações e experiências dos indivíduos.
Ela é uma ferramenta essencial nesse processo, pois permite compreender profundamente comportamentos, percepções e motivações do consumidor.
Diferente de métodos quantitativos que fornecem métricas objetivas, a pesquisa qualitativa explora aspectos subjetivos por meio de narrativas, sentimentos e experiências individuais.
Ela foca em capturar as nuances que revelam o “porquê” por trás das ações e opiniões das pessoas, oferecendo insights valiosos para empresas que buscam criar conexões mais humanas e estratégias mais eficazes.
Por isso, organizamos um Guia da Pesquisa Qualitativa junto com os melhores profissionais do Instituto QualiBest da área qualitativa para você ter em mãos na hora de iniciar um projeto!
Introdução à Pesquisa Qualitativa
A pesquisa qualitativa se diferencia pelo foco na subjetividade e na riqueza de detalhes, sendo ideal para investigações exploratórias e para descobrir os sentimentos, percepções e motivações das pessoas.
Ao contrário da pesquisa quantitativa, que busca medir fenômenos através de números e estatísticas, a pesquisa qualitativa busca interpretar significados e compreender contextos.
Para isso, utiliza técnicas como entrevistas em profundidade, grupos focais, etnografia e observação participante.
Essas abordagens permitem uma análise mais detalhada e contextualizada, ajudando marcas e empresas a entender melhor seus consumidores, suas expectativas e suas experiências.
Outro ponto fundamental da pesquisa qualitativa é sua flexibilidade.
Assim, como não trabalha com um roteiro rígido de perguntas e respostas, o pesquisador pode explorar temas que surgem espontaneamente, adaptando a abordagem conforme necessário.
Essa liberdade proporciona um conhecimento mais autêntico e natural sobre o público estudado.
Características da pesquisa qualitativa
Como em qualquer tipo de pesquisa, a qualitativa possui suas características que ajudam o pesquisador ou analista, a desenvolvê-la adequadamente. Veja algumas delas?
- Cenário natural: ocorre em ambientes reais, permitindo uma compreensão mais apurada do envolvimento dos participantes com o objeto da pesquisa;
- Coleta de dados interativa e humanística: a abordagem busca estabelecer harmonia e credibilidade com os pesquisados, favorecendo respostas autênticas;
- Visão aprofundada dos temas estudados: a análise qualitativa permite ir além de dados superficiais e entender nuances comportamentais;
- Complementaridade com a pesquisa quantitativa: pode anteceder uma pesquisa quantitativa para trazer atributos reais de avaliação de uma marca ou produto, assim como pode ser feita posteriormente para aprofundar temas identificados em uma investigação quantitativa.
7 passos para entender como fazer uma pesquisa qualitativa
Aqui, separamos 7 perguntas que vão te ajudar a guiar ao início de uma pesquisa qualitativa e entender melhor seus procedimentos.
1 – Quando optar por uma pesquisa qualitativa?
A pesquisa qualitativa é a melhor opção quando o objetivo é explorar um cenário ou o comportamento do consumidor, empregando métodos de coleta de dados não estruturados (ou seja, as perguntas são pré-definidas mas o fluxo é livre, como um “bate-papo”).
Esse tipo de pesquisa busca descobrir as razões para determinados comportamentos, atitudes e motivos que levam um indivíduo a realizar determinada ação ou a acreditar em algo.
2 – Como definir se a minha pesquisa é qualitativa ou quantitativa?
A pesquisa qualitativa tem como finalidade conseguir dados voltados para compreender as atitudes, motivações e comportamentos de determinado grupo de pessoas, entendendo o problema do ponto de vista dos pesquisados.
É um tipo de investigação que considera apenas aspectos subjetivos que não podem ser traduzidos em números (diferente da pesquisa quantitativa).
Mas, por outro lado, a partir da pesquisa qualitativa podem ser criadas hipóteses, levantados atributos de imagem que poderão ser dimensionados através da pesquisa quantitativa.
Por fim, ela também funciona na sequência oposta, quando complementa uma pesquisa quantitativa – ou seja, quando visa aprofundar alguns resultados numéricos de maneira a entender as motivações por trás destes dados.
3 – A evolução da pesquisa qualitativa
Ao longo dos anos a pesquisa qualitativa evoluiu bastante e acompanhou a tendência de digitalização de outras áreas de conhecimento.
O desenvolvimento de plataformas de pesquisa online facilitou o diálogo e ampliou as possibilidades de coleta de informações. Tudo isso de forma interativa, intuitiva e amigável, o que gera uma maior aproximação com a realidade e a rotina das pessoas.
O Instituto QualiBest sempre apostou que este seria o futuro da pesquisa e tem expertise neste ambiente digital tendo em seu portfólio de produtos: Comunidades Online (QTogether), Diário Virtual (QBook), Discussões Virtuais (QTalk), Qualitativas Express (QFlash), Mergulho Digital (QMergulho).
4 – Quais são os tipos de pesquisa qualitativa?
Os tipos mais comuns de Pesquisa Qualitativa são:
Etnografia: estuda comportamentos por meio da observação. É uma análise do modo de vida de um grupo de indivíduos com características comuns.
Portanto, isso é feito mediante a observação do que fazem, como se comportam e como interagem entre si em seu ambiente natural.
Assim, é possível ter insights importantes sobre suas crenças, valores, motivações, perspectivas e como isso pode variar em diferentes momentos e circunstâncias.
Etnografia Digital: é uma metodologia de pesquisa qualitativa que analisa o comportamento e as interações das pessoas no ambiente online. Inspirada na etnografia tradicional, essa abordagem estuda redes sociais, fóruns e comunidades virtuais para compreender como os indivíduos se relacionam e constroem significado no digital.
Entrevistas em profundidade, Díades, Tríades e Grupos Focais: Tratam-se de métodos interativos e flexíveis, onde o roteiro de perguntas, apesar de ser pré-definido, não está “preso” a uma ordem – o entrevistador pode sondar e explorar determinados temas, conforme eles forem surgindo, mas sempre focado em atender aos objetivos do estudo.
A abordagem pode ser individual, em duplas, trios ou em pequenos grupos (de 4 a 9 participantes) e pode ser online ou presencial.
Um ponto interessante deste método é a possibilidade de interação e troca de ideias entre os participantes, o que é sempre muito rico.
Observações no PDV: visam entender o contexto de compra, investigando o comportamento do consumidor em determinado ponto de venda (em um supermercado, por exemplo).
É interessante avaliar o impacto dos elementos do PDV na jornada de compra – ex. disposição de produtos, som, iluminação, logística, espaço, comunicação, atendimento etc.
5 – Comunidade online
As comunidades online reúnem pessoas em uma plataforma digital especialmente desenvolvida para gerar um ambiente interativo, engajador, onde é possível coletar o que os participantes pensam e sentem em um contexto real, entregando insights valiosos para os líderes de negócio. Características das comunidades online:
- São um canal aberto para diálogo permanente com os consumidores, de duração finita;
- Entregam informações de alta qualidade orientadas para as reais necessidades e objetivos da pesquisa;
- Oferecem multiplicidade de abordagens: diálogos abertos e não-estruturados por meio de bate-papos ou fóruns, teste e validação através de pesquisas, projetos de curto, médio e longo prazo;
- Permitem multiplicidade de objetivos: exploração/ investigação, cocriação, validação de conceitos/ campanhas de comunicação etc.;
- Permitem trabalhar com subsegmentos dentro do mesmo universo como, por exemplo, consumidores e não consumidores da categoria;
- Incorporam várias linguagens: textual, gráfica, audiovisual, entre outras;
QBook (diário digital)
O QBook é uma ótima ferramenta para compreender hábitos através do acompanhamento da rotina dos pesquisados e suas interações com o tema relacionado à pesquisa.
Com esse diário virtual, é possível acessar de forma natural e verdadeira o relacionamento do entrevistado com o tema, oferecendo inputs não verbais como imagens, vídeos e fotos trazendo maior “vida” ao estudo.
Mergulho Digital
O QMergulho visa ilustrar os resultados (ou mesmo apresentá-los) através de vídeos feitos pelos próprios participantes com seus próprios celulares onde mostram o seu dia a dia e revelam suas opiniões sobre o tema investigado.
É a realidade em movimento, cores, sons e muitos insights. Essa ferramenta permite que se faça um “mergulho digital” na vida dos pesquisados que tendem a ficar mais à vontade e serem mais espontâneos, contribuindo para um entendimento de suas dores e alegrias de forma dinâmica e ágil.
Também é possível realizar o mergulho digital em formato de documentário, filmado e editado por cinegrafistas e produtores profissionais.
Assista em nosso canal no YouTube um demonstrativo do QMergulho, clicando aqui.
6 – Técnicas em pesquisa qualitativa
Técnicas Projetivas: As técnicas projetivas são muito utilizadas em pesquisa qualitativa e são uma forma lúdica de entender percepções acerca de um produto ou marca.
Nela os pesquisados são estimulados a projetar seus sentimentos e percepções em outros elementos (ex. se a “marca x” fosse uma celebridade (carro, animal etc.), quem/qual seria?).
Através das explicações para tal projeção o pesquisador experiente consegue perceber o que o entrevistado pensa sem perguntar diretamente.
São extremamente úteis para retirar os participantes da zona de conforto de respostas prontas, do politicamente correto ou mesmo para ajudá-los a expressar seus sentimentos.
Associações livres: Buscam entender as percepções mais fortes sobre algum tema sem que o participante tenha tempo de racionalizar e trazer respostas confortáveis. Ex. “Quando falo em [TEMA/ MARCA] o que vem à cabeça?”, “Por favor completem a frase: Esta ideia deixa o produto mais _______ e menos _________.
7 – Sobre o profissional de Pesquisa Qualitativa
O pesquisador deve possuir experiência, formação especializada e aptidão para conduzir o estudo e lidar com circunstâncias adversas – ex. participantes dominadores, pouco participativos, desafiadores etc.
Além do mais precisa estar muito inteirado dos objetivos para não deixar o tema sair do foco e para saber onde deve aprofundar e o que não tem importância.
Com a análise de uma equipe especialista e multidisciplinar, as informações coletadas na pesquisa qualitativa se transformam em inteligência de negócio e insights que trazem o real universo do consumidor para mais perto das marcas.
O que aprendemos com esse guia?
A pesquisa qualitativa é um instrumento essencial para compreender as motivações, percepções e comportamentos dos consumidores.
Diferente da pesquisa quantitativa, ela explora subjetividades e oferece insights ricos e detalhados para embasar decisões estratégicas.
Com diversas abordagens, como etnografia, entrevistas em profundidade, grupos focais e observação no PDV, ela permite um mergulho profundo na realidade dos consumidores.
Além disso, a evolução tecnológica trouxe ferramentas inovadoras, como comunidades online e diários digitais, ampliando o alcance e a precisão dos estudos.
Por fim, o papel do pesquisador qualitativo é fundamental para conduzir estudos eficazes e transformar dados subjetivos em inteligência de negócio.
O Instituto QualiBest oferece soluções personalizadas para ajudar empresas a tomar decisões assertivas, baseadas em uma compreensão aprofundada do comportamento do consumidor. Entre em contato para saber mais!