Um estudo inédito do Instituto QualiBest revela um cenário contraditório sobre a saúde mental no Brasil.
Embora 75% dos brasileiros considerem seu bem-estar emocional bom ou muito bom, 73% relataram sintomas como insônia, irritabilidade e cansaço extremo nos últimos dois anos.
Entre sintomas descritos na pesquisa entre os entrevistados, os mais comuns, estão a insônia (40%), cansaço sem causa aparente (34%) e irritabilidade (32%).
Vale destacar que isso ocorre com maior prevalência entre as participantes do sexo feminino.
“As mulheres tendem a reconhecer e relatar mais os sintomas emocionais, o que pode refletir uma maior abertura para lidar com essas questões,” comenta Fábia Silveira, Gerente de planejamento e atendimento do Instituto QualiBest.
Fonte: Instituto QualiBest
Os dados da pesquisa deixam claro a importância de discutirmos a saúde mental, e o Instituto QualiBest escolheu divulgar esses insights em janeiro para reforçar a urgência do tema.
Ao alinharmos a divulgação com a campanha Janeiro Branco, destacamos a necessidade de ampliar o debate e incentivar a conscientização sobre o bem-estar emocional.
O Janeiro Branco é mais do que uma campanha de conscientização, é um chamado para refletirmos sobre a forma como cuidamos da nossa saúde mental.
Em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, parar para entender nossas emoções e buscar apoio quando necessário se torna essencial.
Neste artigo, vamos analisar os principais resultados da pesquisa e refletimos sobre o impacto do emocional no dia a dia dos brasileiros.
Veja a matéria sobre o estudo no Portal Medicina S/A, clicando aqui.
Por que precisamos olhar com atenção para a Saúde Mental no Brasil?
Embora a pesquisa tenha revelado que 83% dos participantes cuidem da saúde mental, entre os que tiveram algum sintoma nos últimos anos, 37% nunca passou por consulta com especialistas, indicando uma preferência pelo “autocuidado”.
Ouvir músicas, assistir séries e filmes, passar tempo com a família e praticar atividade física foram as mais citadas entre as ações feitas para melhorar nesse quesito.
Entre os que já procuraram um especialista (56%), 34% já foram diagnosticados com alguma doença emocional.
Ansiedade (80%), depressão (43%), Síndrome do Pânico (15%) e Transtornos do Sono (14%), como insônia e hiper sonolência foram as principais enfermidades citadas entre aqueles que já receberam um diagnóstico.
Quanto aos principais gatilhos para essas doenças emocionais ocorrerem, estão: questões financeiras (43%); problemas de relacionamento (39%); e episódios traumáticos ao longo da vida (32%).
O trabalho também é motivo dos impactos emocionais
Entre os que estão empregados (59%), dois terços relatam contentamento com o emprego atual, refletindo uma dicotomia entre satisfação profissional e impacto emocional, já que 85% da amostra total entendem que o mercado de trabalho contribui em algum grau para o aparecimento de doenças emocionais e 34% confirmam que o trabalho trouxe alguma questão emocional às suas vidas.
Entre os fatores que levam a isso, tarefas excessivas, má remuneração e a falta de empatia do empregador são os três principais motivos apontados.
Na outra ponta, empresas com boa remuneração (48%), apoio psicológico (37%), que investem na capacitação e especialização dos funcionários (29%) e têm flexibilidade de horário de trabalho (28%) são bem-vistas e agregam maior qualidade de vida aos empregados.
“Pudemos perceber no estudo que o público feminino prioriza benefícios que trazem maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, enquanto os homens tendem a preferir benefícios que entregam maior desenvolvimento na carreira”, finaliza Fábia.
Sobre a pesquisa
O estudo online ouviu 4.087 internautas, entre homens e mulheres acima de 16 anos de todas as classes sociais.
O levantamento, de abrangência nacional, foi realizado entre 1º de agosto e 29 de outubro de 2024.
A margem de erro do estudo foi de 1,56 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.
Faça download do estudo completo com todas as análises e resultados, clicando aqui.