Falas ou comportamentos que não condizem com as crenças dos internautas em pautas sociais como, por exemplo, racismo, machismo e homofobia, é o principal motivo de cancelamento de influenciadores. Foi o que apontou o estudo “O post é pago, e daí?” conduzido pelo Instituto QualiBest em parceria com a Spark, powerhouse especialista em marketing de influência. Realizada de forma online, com mais de 2 mil participantes, representando a distribuição demográfica da população brasileira em classe social, sexo, idade e região, a pesquisa buscou entender os hábitos de consumo de redes sociais e engajamento com influenciadores digitais, mensurar o poder de influência e conversão dos criadores de conteúdo.

Segundo o levantamento, 48% dos internautas que seguem influenciadores já os cancelaram, principalmente motivados por comportamentos contrários e defesas de temas sociais sensíveis aos seguidores. 59% tomaram essa decisão devido a falas ou comportamentos que não condizem com suas pautas sociais, 35% cancelaram em função do creator defender temas sociais que são contrários às suas orientações, ou seja, não necessariamente apenas uma fala, mas sim a defesa de um posicionamento social diferente. Outros motivos de cancelamento incluem a divulgação de produtos ou serviços fraudulentos (30%), posicionamento político diferente (28%) e excesso de conteúdos publicitários (17%).

O cancelamento é uma atitude mais presente entre os mais jovens, mostrando que há uma maior sensibilidade e atenção às pautas sociais nas gerações Z e Y.

“Nos últimos anos vimos alguns casos de creators cancelados por frases, depoimentos ou atitudes racistas, homofóbicas ou preconceituosas. Isso foi detectado no estudo e mostra uma maior atenção dos internautas com questões sociais”, explica Fábia Duarte, gerente de atendimento e planejamento do Instituto QualiBest.


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Presença nas redes sociais

Realizado pela terceira vez, o estudo apontou um crescimento entre aqueles que acessam alguma rede social. Da amostra inicial da pesquisa de 2023, 93% afirmam acessar alguma rede. Em 2019, ano da primeira edição do estudo, esse percentual era de 77%. Outra grande diferença é o conhecimento do que são os influenciadores digitais. Há 4 anos, 55% dos que acessavam as redes sociais afirmavam saber o que era, enquanto nesse ano o percentual subiu para 79%.

O Instagram é a principal plataforma social onde os entrevistados seguem creator (80%), seguido pelo Youtube (60%), Facebook (36%) e Tik Tok (35%). Quando questionados sobre os motivos de seguir algum influenciador, 60% afirmam que seguem pelo interesse nos assuntos que abordam; 51% creditam às opiniões e recomendações de produtos ou serviços; 49% seguem apenas para passar o tempo e se divertir; 45% acompanhar o dia a dia e as experiências do influencer, enquanto 42% demonstram um interesse específico em seus tutoriais.

“As redes sociais são um fenômeno no Brasil e os brasileiros estão atentos e engajam rapidamente nas novas redes. O TikTok, por exemplo, que surgiu no país em 2018 conta hoje com milhões de usuários com 18 anos ou mais colocando o Brasil entre os principais usuários da plataforma. O estudo aponta isso, que cada dia mais os brasileiros estão ligados às redes e os influenciadores têm um papel importante nesse cenário”, finaliza Fábia.

Faça download do estudo completo, acesse aqui.

Sobre o Instituto QualiBest

Pioneiro em pesquisas online, o Instituto QualiBest acumulou, ao longo dos anos, uma série de ferramentas inovadoras, que vêm transformando a forma de conduzir pesquisa de mercado e buscar respostas para projetos qualitativos e quantitativos de diversos níveis de complexidade. Além disso, compartilha com o mercado com regularidade seus estudos proprietários. Possui hoje um painel com mais de 250 mil usuários cadastrados em todo o País e já realizou mais de 5.000 estudos. Entre os clientes do Instituto destacam-se Avon, BRF, Claro, Johnson; Johnson, Nivea, Pepsi, Sanofi, Unilever, Uber, entre outros.